domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sociologia na Rede. 10 meses de atividades


Países onde o Sociologia na Rede é acessado


O blog Sociologia na Rede, que completa em março 10 meses de história tem obtido grande repercussão na área das Ciências Humanas.
Com grande satisfação podemos contatar mais de 17000 visualizações oriundas de 17 países, com grande destaque para o público português com mais de 500 visualizações.

Países onde o Sociologia na Rede é acessado:

- Brasil (16.555 visitas)
- Portugal (519 visitas)
- Estados Unidos (176 visitas)
- Alemanha (43 visitas)
- Angola (28 visitas)
- Holanda (24 visitas)
- Canadá (19 visitas)
- Reino Unido (19 visitas)
- Índia (17 visitas)
- Moçambique (17 visitas)
- Eslovênia (4 acessos)
- Espanha ( 3 acessos)
- Rússia (2 acessos)
- Alemanha (2 acessos)
- Honduras (2 acessos)
- Luxemburgo (1 acesso)
- Cingapura (1 acesso)

As postagens mais visitadas são:
1.      Lixo radioativo em Poços de Caldas: 1035 visitas
2.      A importância histórica da Revolução Cubana: 704
3.      Stálin e o totalitarismo: 691
4.      Mídia, ideologia e indústria cultural: 523
5.      Debate conceitual acerca do populismo: 503

O mês de novembro registrou o maior número de visitas, 3263. Desde então o blog passou por poucas atualizações e acabou perdendo visitantes, chegando a registrar 1845 visitas no mês de janeiro. Com uma nova dinâmica, divulgação e mais atualizações, fechou o mês de fevereiro com 2089 visitas.

As páginas mais visitadas foram: Charges, com 159 visitas e Pensamentos, com 102

Isso só aumenta a responsabilidade e o desejo de continuar ampliando o conceito de liberdade de expressão e comunicação.
Obrigado a tod@s!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A revolta no mundo árabe. O caso da Líbia



De todas as lutas que agora decorrem no Norte de África e no Médio Oriente, a mais difícil de deslindar é aquela na Líbia.
Qual é o carácter da oposição ao regime Kadafi, a qual consta que agora controla a cidade de Bengazi, no Leste do país?
Será apenas coincidência que a rebelião tenha começado em Bengazi, a qual é a norte dos mais ricos campos petrolíferos da Líbia bem como próxima da maior parte dos seus oleodutos e gasodutos, refinarias e o seu porto de gás natural liquefeito (GNL)? Haverá um plano de partição do país?
Qual é o risco de intervenção militar imperialista, a qual apresenta grave perigo para o povo de toda a região?
A Líbia não é como o Egipto. Seu líder, Moamar Kadafi, não tem sido um fantoche imperialista como Hosni Mubarak. Durante muitos anos, Kadafi esteve aliado a países e movimentos que combatiam o imperialismo. Ao tomar o poder em 1969 através de um golpe militar, ele nacionalizou o petróleo da Líbia e utilizou grande parte do dinheiro para desenvolver a economia líbia. As condições de vida do povo melhoraram radicalmente.
Por isso, os imperialistas estavam determinados a deitar a Líbia abaixo. Os EUA em 1986 realmente lançaram ataques aéreos a Trípoli e Bengazi que mataram 60 pessoas, incluindo a menina filha de Kadafi – o que raramente é mencionado pelos media corporativos. Foram impostas sanções devastadoras tanto pelos EUA como pela ONU a fim de arruinar a economia líbia.
Depois de os EUA invadirem o Iraque em 2003 e arrasarem grande parte de Bagdad com uma campanha de bombardeamento que o Pentágono exultantemente chamou "pavor e choque", Kadafi tentou evitar a ameaça de outra agressão à Líbia fazendo grandes concessões políticas e económicas ao imperialismo. Ele abriu a economia a bancos e corporações estrangeiras; concordou com exigências do FMI quanto ao "ajustamento estrutural", privatizando muitas empresas estatais e cortando subsídios do estado a necessidades como alimentos e combustível.
O povo líbio está a sofrer dos mesmos preços elevados e desemprego que estão na base das rebeliões em outros lados e que decorre da crise económica capitalista mundial.
Não pode haver dúvida de que a luta que varre o mundo árabe pela liberdade política e a justiça económica também tocou um ponto sensível na Líbia. Não há dúvida de que o descontentamento com o regime Kadafi está a motivar uma secção significativa da população.
Contudo, é importante para gente progressista saber que muitas das pessoas que estão a ser promovidas no Ocidente como líderes da oposição são há muito agente do imperialismo. A BBC mostrou em 22 de Fevereiro filmes de multidões em Bengazi deitando abaixo a bandeira verde da república e substituindo-a pela bandeira do antigo rei Idris – que foi um fantoche dos EUA e do imperialismo britânico.
Os media ocidentais baseiam grande parte das suas reportagens sobre supostos factos fornecidos pelos grupo exilado Frente Nacional para a Salvação da Líbia (National Front for the Salvation of Libya), a qual foi treinada e financiada pela CIA estado-unidense. Pesquise no Google o nome da frente mais CIA e encontrará centenas de referências.
Wall Street Journal de 23 de Fevereiro escreveu em editorial que "Os EUA e a Europa deveriam ajudar os líbios a derrubarem o regime Kadafi". Não há qualquer conversar nas salas das administrações ou nos corredores de Washington acerca de intervir para ajudar o povo do Kuwait ou da Arábia Saudita ou do Bahrain a derrubarem seus governantes ditatoriais. Mesmo com todos os falsos elogios às lutas de massas que agora sacodem a região, isso seria impensável. Em relação ao Egipto e à Tunísia, o imperialismo está a mover todas as alavancas que podem para tirar as massas das ruas.
Tão pouco houve qualquer conversa de intervenção dos EUA para ajudar o povo palestino de Gaza quando milhares morrerem por serem bloqueados, bombardeados e invadidos por Israel. Exactamente o oposto. Os EUA intervieram para impedir a condenação do estado colonizador sionista.
O interesse do imperialismo na Líbia não é difícil de descobrir. Em 22 de Fevereiro a Bloomberg. com escreveu: se bem que a Líbia seja o terceiro maior produtor de petróleo da África, é o país do continente que tem as maiores reservas provadas — 44,3 mil milhões de barris. É um país com uma população relativamente pequena mas com potencial para produzir enormes lucros para as companhias de petróleo gigantes. É assim que os super ricos a encaram e o que está por trás da sua apregoada preocupação com os direitos democráticos do povo da Líbia.
Obterem concessões de Kadafi não é suficiente para os barões imperialistas do petróleo. Eles querem um governo sob a sua dominação total, tudo do bom e do melhor. Eles nunca esqueceram Kadafi por derrubar a monarquia e nacionalizar o petróleo. Fidel Castro, em Cuba, na sua coluna "Reflexões" regista o apetite do imperialismo por petróleo e adverte que os EUA estão a lançar as bases para a intervenção militar na Líbia.
Nos EUA, algumas forças tentam mobilizar uma campanha a nível de rua promovendo uma tal intervenção estado-unidense. Deveríamos opor-nos a isto totalmente e recordar a qualquer pessoa bem intencionada os milhões de mortos e deslocados pela intervenção dos EUA no Iraque.
As pessoas progressistas têm simpatia com o que encaram como um movimento popular na Líbia. Podemos ajudar tal movimento principalmente pelo apoio às suas exigências justas mas rejeitando uma intervenção imperialista, seja qual for a forma que assuma. É o povo da Líbia que deve decidir o seu futuro.
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Encontro com Milton Santos. A globalização vista do lado de cá




O filme trata do processo de globalização com base no pensamento do geógrafo Milton Santos, que, por suas idéias e práticas, inspira o debate sobre a sociedade brasileira e a construção de um novo mundo.
Documentário do cineasta brasileiro Sílvio Tendler (Glauber - Labirinto do Brasil), que discute os problemas da globalização sob a perspectiva das periferias, seja o terceiro mundo, seja comunidades carentes. O filme é conduzido a partir de uma entrevista com o geógrafo e intelectual baiano Milton Santos, gravada quatro meses antes de sua morte no ano de 2001.
Além das falas do próprio Milton Santos, o documentário conta com algumas outras entrevistas que contribuem com a discussão, levando o tema a questionamentos e afirmações cada vez mais lapidadas. Ainda, estão como narradores os atores Milton Gonçalves, Matheus Nachtergaele, Osmar Prado e Fernanda Montenegro.
Considerado um dos maiores pensadores brasileiros do século XX, Milton Santos não era contra a Globalização e sim contra o modelo de globalização perversa vigente no mundo, que ele chamava de globalitarismo. Analisando as contradições e os paradoxos deste modelo econômico e cultural, Milton enxergou a possibilidade de construção de uma outra realidade, mais justa e mais humana.
Encontro com Milton Santos é um dos documentários brasileiros mais premiados, ganhou no Festival de Cinema de Brasília (2006) como melhor filme pelo júri popular, no FestCine Goiânia 2007 como melhor roteiro e melhor montagem, no Cine'Eco 2007 - Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambientecomo melhor filme e no Festival Internacional de Documentários Santiago Álvarez in Memoriam (Cuba, 2008) como melhor filme também.

Fonte: www.tempomoderno.net, disponível em 19/02/2001, às 09:59h.


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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011